Vida de Estrangeiro
Morar fora do Brasil era um sonho que eu tinha desde pequena e que nunca imaginei que ia realizar tão cedo na minha vida.
Logo quando completei 18 anos, me mudei para a Argentina. Naquela época eu tirava boas notas no Espanhol da escola, então eu achava que ia chegar aqui conversando mais que papagaio. Bem...
Acho que é o que acontece com a maioria das pessoas que se mudam para outros países. A gente sempre chega animadão, pensando que vai levar vida de turista para o resto da vida, que vai ser passeio atrás de passeio, fazer intercambio cultural. A gente sempre chega pensando que vai ser tudo um grande mar de rosas. WRONG!
Lógico que, como tudo nessa vida, tem um lado ótimo e um não tão ótimo assim. Se por um lado você vai ter a oportunidade de conhecer uma nova cultura, aprender outro idioma, conhecer pessoas e hábitos novos, o que é bem excitante; quando você MORA em outro país, você perde muito contato com a sua própria cultura, querendo ou não você vai ter que se adaptar à forma de viver nesse novo lugar, e isso nem sempre é fácil.
É preciso estar muito aberto e ter muita paciência para encarar tudo o que está por vir. Conforme o tempo vai passando você começa a se dar conta de que não está ali à passeio e que no começo pode até ser engraçado você dar uma mancada ou outra no idioma, mas logo você percebe que as pessoas à sua volta não vão ter paciência para sempre. Você tem que apertar o passo para conseguir pegar um trem que já está andando há uma vida, em uma direção completamente diferente da qual você estava.
Existem os intolerantes, que infelizmente estão espalhados por todos os cantos do planeta. Os Trumps da vida: Get out of my country! - Mas eu gosto de pensar que para cada Trump existem 10 Obamas. Deus sempre coloca em nosso caminho pessoas boas para cuidarem de nós. Eu ganhei não só amigos, mas também uma família argentina.
Outra coisa que você precisa saber é que quando se é estrangeiro, SE É ESTRANGEIRO. Não só no novo país, mas também no seu próprio. Gringo pensa que no Brasil tem carnaval o ano inteiro. 80% do assunto deles com você se resume em Caipirinha, Feijoada e Rio de Janeiro. E quando você chega no seu país, a pergunta é sempre, SEMPRE a mesma: E aí? Como é lá?
'' E a comida? E faz frio? E você se acostumou? E o idioma? ''
Já vou para o meu 3º ano de Estrangeira e continuo ouvindo isso.
É como diz minha Mãe, nessa vida nada é fácil, e se fosse fácil não teria graça. A vida em si não é boa nem ruim, em nenhum lugar do mundo. Tudo depende de como você escolhe vivê-la e, principalmente, de como você escolhe ver as coisas.
Apesar de eu achar que nosso país ainda tem muito no que evoluir, em diversos ambitos, e de estar sempre decepcionada com o nosso governo e nossa forma de politicar, eu não faço parte do grupo de ignorantes que adoram abrir a boca para dizer que ''O Brasil não tem cultura!''. Nosso país, assim como todos os países latinos, possui uma cultura muito rica, com muita diversidade. Tem gente que vive bitolado em uma só ao invés de conhecer outras e por isso sai fazendo discurso de ódio contra o próprio povo. Isso tudo vai ao chão quando você abandona sua cultura e vai viver em outra.
Não interessa se você saiu de um país subdesenvolvido para viver num país de primeiro mundo. Você vai chegar nos Estados Unidos e vai pensar ''Isso é que é vida!'' por meses, mas logo lá no fundo da alma você vai começar a sentir saudade da sua terra, vai lembrar do chorinho brasileiro que você nunca gostou de ouvir, e vai sentir falta disso também. E de ver as crianças descalças, jogando bola no meio da rua. E de sentir o cheiro da comida bem temperada. E das cores vibrantes, que mesmo quando colocadas no seu novo lugar, não são tão vibrantes quanto na sua terra.
Saudades e polêmicas à parte, o melhor a se fazer é conhecer ao máximo tudo o que há por aí e trazer para nossa vida o que encontrarmos de melhor.
E não se esqueça de que mesmo quando pinta a saudade do Brasil brasileiro, você agora vive em outro lugar. É você quem deve se adaptar ao país, e não o país à você. Morar no exterior é uma excelente oportunidade de ampliar sua mente, sua cultura, seus conhecimentos. Se jogue nas novidades. Aprenda o idioma, conheça a música, conheça a literatura, conheça a comida típica da sua nova terra. Isso é uma coisa que todos, os que vão à passeio, os que se mudam de vez, os que estão de passagem, e até os que nem planejam ir, deveriam fazer. Tirar a cabeça da caixinha. Existem tantas coisas boas para se conhecer nesse mundo e ter a oportunidade de viver isso é um verdadeiro presente.
Não interessa se você saiu de um país subdesenvolvido para viver num país de primeiro mundo. Você vai chegar nos Estados Unidos e vai pensar ''Isso é que é vida!'' por meses, mas logo lá no fundo da alma você vai começar a sentir saudade da sua terra, vai lembrar do chorinho brasileiro que você nunca gostou de ouvir, e vai sentir falta disso também. E de ver as crianças descalças, jogando bola no meio da rua. E de sentir o cheiro da comida bem temperada. E das cores vibrantes, que mesmo quando colocadas no seu novo lugar, não são tão vibrantes quanto na sua terra.
Saudades e polêmicas à parte, o melhor a se fazer é conhecer ao máximo tudo o que há por aí e trazer para nossa vida o que encontrarmos de melhor.
E não se esqueça de que mesmo quando pinta a saudade do Brasil brasileiro, você agora vive em outro lugar. É você quem deve se adaptar ao país, e não o país à você. Morar no exterior é uma excelente oportunidade de ampliar sua mente, sua cultura, seus conhecimentos. Se jogue nas novidades. Aprenda o idioma, conheça a música, conheça a literatura, conheça a comida típica da sua nova terra. Isso é uma coisa que todos, os que vão à passeio, os que se mudam de vez, os que estão de passagem, e até os que nem planejam ir, deveriam fazer. Tirar a cabeça da caixinha. Existem tantas coisas boas para se conhecer nesse mundo e ter a oportunidade de viver isso é um verdadeiro presente.
Para mais estrangeirismos, me acompanhe no instagram :: @camilodebbie
besos argentinos! ♥
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